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quinta-feira, 26 de maio de 2016

2 Dia - Circuito Costa Verde e Mar de Cicloturismo - Piçarras a Luiz Alves

TRECHO
Balneário Piçarras a Luiz Alves
Distância Total: 42 km
Altimetria: 580 mts
Dificuldade Física: 2 
Dificuldade Técnica: 2 

Meu despertador favorito, o Jr, acordou as 6:00 am, mas como ainda garoava, me deu uma chance de dormir um pouco mais. Por volta das 8:00 am, estavámos prontos e de partida.

Fizemos as últimas fotos em frente a Pousada Ilha Feia, e saímos sem café, visto que a mesma não oferecia o desayuno.







Como ontem havíamos chegado já no escuro a Piçarras, resolvemos dar uma voltinha, antes do café, pela chegada da Cidade, a Ponte Penha-Piçarras, fica a poucas quadras da Pousada.















Piçarras tem orgulho por possuir praia de águas limpas e esta entre as mais balneáveis do estado. 

Depois de um breve passeio, resolvemos procurar um local para tomar nosso tão esperado café da manhã. Seguimos pela Avenida Nereu Ramos, passamos por uma Conveniência e uma Mercearia não muito simpáticas, até que na próxima esquina avistamos o Mirna Café e Confeitaria, local curioso que estava aberto para o café da manhã mas não vendiam pão.  



Pedi então um pão de queijo e um café e enquanto aguardava, meus olhos encontraram cucas de todos os sabores possíveis e imagináveis, pedi então um pedaço de cuca para cada. Desse dia em diante as cucas estariam sempre presentes por onde passávamos. 

Alimentados, saímos pela orla, seguindo a  Avenida José Temístocles de Macedo - a Avenida Beira Mar.



A orla de Piçarras, é muito agradável, com seus antigos casarões de temporada, e um bom calçamento. De toda a Orla, da para admirar o Patrimônio de Piçarras, as Ilhas de Itacolomi e a Ilha Feia, paramos por uns instantes admiramos as ilhas pela última vez e seguimos rumo ao interior, passando pelo Portal Turístico da cidade.











O trajeto de hoje promete serpentear, arrozais, bananais e pacatos bairros de Piçarras como o Morro Alto, São Brás e Rio Novo.

Logo que saimos do asfalto e pegamos a estrada de terra, já pudemos sentir os ares de interior. A paisagem se transformou instantaneamente, ruas movimentadas com barulho de pessoas e carros, deram lugar a bucólicas casinhas com laguinhos na frente, moinho de vento e rios e pontes.










Claro sem esquecer dos centenas e milhares bananais.








Todo Bairro tem sua Igreja, o que nos faz sempre pensar de onde sai tanta gente, para justificar o número de igrejas, até que grandes para o local que estão instaladas. Nos leva a conclusão que ainda há pessoas com fé e gratidão. As Igrejas são o charme das paisagens. 






Comentei com Jr, que a esperava encontrar mais ciclistas na região, pois até então não havíamos encontrado nenhum. Logo eis que surgem três bicicletas, passaram por nós, nos cumprimentamos e eles seguiram. Nesse momento imaginamos que pudessem ser bikers da região, pois estavam sem bagagens. Logo a frente, os encontramos novamente, parados para um lanche. Mais tarde tivemos a oportunidade de conhece-los e passar os próximos dias seguindo a mesma rota. Eram eles Rodrigo e o Casal Korb (André e Cris).
A estrada seguiu perfeitamente linda.





Quase com 28 km, tivemos nosso Coke Stop, Bar do João, essa parada foi nosso "almoço", regado a choco leite, coca-cola, tubaina. O Bar fica no Bairro de Rio Canoas, onde conhecemos mais uma igreja.











 Chegando em Luiz Alves, já na zona urbana, havia uma grande movimentação em um clube, quase paramos para ver o que acontecia, era feriado e já imaginamos que poderia ser uma festa, ainda bem que percebemos a tempo, pois tratava se de um velório. Imagina a saia justa?


A chegada a Luiz Alves, foi a cada metro nos surpreendendo.



 Logo em seguida um acidente na pista, imaginem a imprudência do motorista, bateu sozinho. 


Luiz Alves é conhecida com a Capital Catarinense da Cachaça, o Município possui cerca de 50 alambiques. Na entrada da cidade fica o Bairro do Salto, que cresceu mais do que o centro da cidade. 

 Passamos pela Fábrica da Dudalina, camisaria, que eu não fazia idéia que ficava por aqui. 

 Amigos pelo caminho, esse estava com uma Fat Bike, que segundo ele foi o pai e o irmão que fizeram. Nem questionamos, pois realmente não havia dúvida alguma nisso.
 Logo na entrada da Cidade, já aparecem os primeiros alambiques. Paramos para uma visita ao Alambique Morauer. Pedalar o dia todo, sem almoçar e ainda degustar cachaça não é algo muito recomendível, mas no final deu tudo certo, todos sairam sóbrios do estabelecimento, rsrsr. Ficamos algum tempo, trocando um dedo de prosa com o cabra do alambique, conhecemos a propriedade e adquirimos nossa cachaça, acomodando a por cima da nossa bagagem. 





 Poucos metros a frente já entramos na principal rua do centro da cidade. Não precisa nem falar que a cidade é uma gracinha. Quase uma cidade cenográfica, Prefeitura, Consultório, Hotel, Locutório e Igreja. Virei fã já no primeiro momento. 





Era Feriado de Corpus Christi e a cidade estava fechada. Achar o Hotel Colinas não foi difícil, pois ele fica na rua principal, próximo a Igreja Matriz. Chegamos, as portas estavam fechadas, com aviso de tocar a campainha, tocamos e nada, resolvemos entrar, notamos uma Sra cochilando em frente a TV, assim que batemos na porta, ela levantou e foi nos atender. 
Estava a nossa espera, mas adormeceu, afinal era um feriado e com o friozinho que chegava, fechar os olhos era quase obrigatório. Fizemos nossas apresentações e check in, Maria Gorete, o nome da nossa anfitriã, que para nossa surpresa nos aguardava com café fresquinho e muitos bolos, todos maravilhosamente deliciosos. 


Antes de acomodarmos nossas bagagens, aproveitamos que havia um tempo de sol para chegar mais pertinho da Igreja e fazer algumas fotos. A Igreja fica em um ponto mais alto do que a rua, lá de cima tem se uma vista das propriedades que passam em baixo e de um belo riozinho. 





 Voltando ao Hotel, nossos novos companheiros acabavam de chegar, e aguardavam suas bagagens, pois estavam viajando com apoio. 
Bagagens acomodadas, nada de descansar, se tem opcionais é bom conhecê-los, afinal é Ciclo - Turismo e o ciclo já havia sido feito, portanto restava partir para o turismo (no ciclo, é claro). Optamos por visitar a Gruta da Nossa Senhora Imaculada Conceição, que fica na Estrada Geral Braço da Onça, e advinhem???? Não tinha onça, não mas obviamente a Gruta não ficava na cota zero, rsrsrs.  A tal da Gruta ficava quase no Céu. Subi pagando até os pecados que eu não havia cometido, empurrando a bicicleta por um caminho muito bem elaborado e conservado de pedras lisas e úmidas. Na volta, resolvemos sair por uma trilha e descemos pela estrada de terra. Voltamos ao Hotel, já escurecendo, afinal , nessa época, o sol se põem cedo, por volta das 17:30hs.  


A Cidade estava inteira fechada, e não havia um estabelecimento sequer aberto para nada. Mas resolvemos perguntar para dona Gorete se haveria algum lugar para jantar, afinal nem só de pedal vive um homem. Ela prontamente nos disse, não tem nada aberto na cidade, mas voces podem jantar conosco, meu marido trouxe algumas tainhas, faço um arroz, uma salada e voces comem conosco. Esses pequenos gestos, tornam-se grandes gestos, quando voce esta em uma cicloviagem. E é o momento em que temos a oportunidade de partilhar não somente a comida, mas as experiências e modo de vida das pessoas e locais por quais passamos. E ainda para coroar o nível master de carinho e atenção, ao perguntar por um tanque para lavar nossas roupas, fui agraciada com a resposta: deixa que eu lavo e seco para você. Pequenos atos, grande alcance. E a humanidade ainda tem salvação. 

O Hotel é super novo e as instalaçoes muito confortáveis. Durante o banho, tivemos nossa primeira perda da viagem... um shampoo que caiu no buraco negro do ralo do chuveiro. Segui com dois saches de 2 em 1 (ótimos para minha cabeleira #sqn) que tinha de amenidade no quarto. 
Fomos dormir com uma previsão do tempo nada a nosso favor


Resumo do Dia
Distância: 49km + Visita a Gruta: 7,9km
Subidas Acumuladas: 974mts + subida a Gruta: 280mts





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