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domingo, 12 de junho de 2016

Circuito Vale Europeu - de Bike



Como tudo começou

Descobri o Circuito Vale Europeu, em janeiro de 2012, quando meu marido, resolveu que  faria o Caminho de Santiago de Compostela de bicicleta, e que precisaria, antes de partir para o Projeto, experimentar uma cicloviagem autônoma por aqui, para aprender a cicloviajar e testar os equipamentos.
Estávamos próximo ao feriado do Carnaval, e pesquisando descobrimos que nesse período, aconteceria um evento, o Velotour, promovivo pelo Clube de Cicloturismo do Brasil.
Havia um grande problema...eu não pedalava nada e nem bicicleta tinha tinha naquele momento. Avaliando o percurso, também descobri, que não haveria tempo suficiente para preparação adequada. Decidimos então, que ele iria sozinho.


Como um louco fabrica dez, ele conseguiu arrebanhar mais dois loucos (assim eu pensava na época) amigos, para dividir a experiência. Partiram sem reservas, com excesso de bagagem e falta de planejamento felizes para a nova experiência. 
O primeiro erro foi o peso que levaram, bagagens desnecessárias e outro erro foi o número de dias, tentaram fazer o Circuito de 7 dias, apenas em 5 dias, fora a falta de reservas, mas isso com jeitinho se acertaram. Entre erros e acertos, ele aprendeu muito, fez muitos amigos que permanecem até hoje, e voltou com uma ideia em mente. Que a experiência tinha sido tão maravilhosa, o local era tão lindo que ele gostaria de voltar comigo.
E assim, comprei uma bicicleta e comecei a acompanhá-lo.
Em setembro do mesmo ano, resolvemos que já era hora dos planos saírem do papel. E fomos nós, acompanhados de mais 4 amigos, além dos nossos filhos e nossos pais. Todos estavam ávidos por conhecer as paisagens das fotos. 
Mais estruturados do que na primeira vez, partimos rumo ao Vale Europeu.
Optamos por fazê-lo em 7 dias, pois mais treinado que uma pessoa seja, o ideal para uma viagem de bike é aproximadamente 50 km por dia, para aproveitar os locais por onde se passa. Afinal é ciclo-turismo e não ciclo-sofrimento.
Ciclo-turismo, é turismo, locomovendo-se em uma bicicleta, não significa bater metas, no caso do Vale Europeu, se não tiver a disponibilidade de fazer 7 dias, deve se fazer apenas a parte baixa ou a parte alta. Juntar etapas, pode não ser tão interessante e estragar o resto da viagem.
Fizemos todas as reservas antecipadamente, pois muitas propriedades não funcionam todos os dias, apenas quando tem hóspedes, é um conceito personalizado de hospedagem. Eles se preparam para nos receber, da melhor maneira possível, com muito carinho pensam em cada detalhe.
Nessa minha primeira cicloviagem, optamos por viajar com apoio, visto que teriamos acompanhantes de carro. Mas ´para falar a verdade, cicloturismo, não combina com carro de apoio. É bem mais prático levar apenas o necessário e carregar na sua bicicleta.
Resumo do meu primeiro Circuito do Vale Europeu----No segundo dia, saindo de Pomerode, ainda na ciclovia, eu e o Jr, pedalávamos conversando e nossos bar ends enrroscaram, e nós caimos, estavamos com certa velocidade e minha cunhada que vinha atrás, caiu por cima. Seria cômico, não fosse trágico. Eu machuquei gravemente minhas costelas. Eu tinha duas opções...abandonar o sonho ou seguir com dor. Claro que #nqsf e eu segui pedalando, pois não consegui arcar com a derrota. Foi muito difícil, muito dolorido, muito sofrimento, compensados sempre pelas lindas paisagens e o carinho de cada local que passávamos. Chorei diversas vezes no meio do caminho de dor, fiz inúmeras vezes a pergunta de porque o ser humano faz isso com ele mesmo? Fui vencendo cada dia de uma vez, pedalava o quanto aguentava e empurrava o resto. 
E de repente, estava atravessando a Ponte do Tapyoka, ponto de largada e chegada do Circuito. Falando por dentro que estava feito e era para nunca mais. Senti uma alegria imensa em terminar, estava moída, quebrada e muito feliz. Pegamos nossos certificados e fomos comemorar.
Eu prometi que nunca, mas nunquinha mesmo, nem com chocolate, alguém me pegaria de novo para uma dessa.
Continuei com as pedaladas pelas trilhas da nossa cidade, as vezes mais empenhada, as vezes mais esporádicas. Fui pegando gosto e resistência, até no final de 2013, um amigo, o Joacir Pirolo, resolveu iniciar sua esposa a Maria Amélia nos pedais e a levaria para o Velotour 2014 no Carnaval. Virou festa, todos concordaram em participar, inclusive eu. Projeto intitulado de Mata-Muié.

Iniciamos os treinamentos em novembro, o Carnaval seria em março. Nessa época, fizemos nossas reservas, pois o evento é concorrido e as opções logo se esgotam. 
Fizemos camisetas personalizadas, com uma empresa de Benedito Novo (lá no Vale Europeu), por indicação de um amigo de lá. Furbo, camisetas e uniformes, super pontuais, e com uma qualidade incomparável, hoje é nossa referencia em camisas, sempre deixamos nas mãos deles. Tínhamos apenas 20 dias e eles se prontificaram a fazer, e entregaram no prazo.

Nossas Bagagens


Bike do Jr pronta para a viagem, com nossas bagagens. O Bagageiro é um Topeak 29 Explorer para freios a disco. 

Os primeiros alforjes que usamos foram o Northpack Cruiser, com capacidade de 90 litros (acho que todos começam exagerando, antes de achar o ponto de equilíbrio), esses alforjes são bons, com encaixe rápido, o que facilita no dia a dia, possuem capas para chuva, mas como não é de tecido 100% impermeável, após alguns dias de chuva, a bagagem acabou um pouco úmida. 



O alforje superior é o Deuter Rack Top Pack, usamos até hoje, excelente tamanho e tecido quase impermeável, + capa, mesmo com chuva, nunca molhou nossos pertences, geralmente deixo para ferramentas e itens diários, pela facilidade de pega-los.(foi remodelado, e o modelo novo, é um pouco diferente.)



Circuito do Vale Europeu de Cicloturismo

Este é o primeiro roteiro no Brasil planejado especialmente para ser percorrido de bicicleta. O trajeto foi traçado de forma a fugir das estradas de asfalto, priorizando assim as estradinhas de terra mais bonitas e tranqüilas. Todas as distâncias, relevo, atrativos culturais e ecológicos foram pensados de forma que o cicloturista tire o máximo proveito de sua estadia no Vale Europeu.


O Circuito tem um total de 300km com início e término na cidade de Timbó-SC, a cerca de 30km de Blumenau. Dividido em 7 dias de pedalada. O percurso pode ser dividido em parte alta e parte baixa. A parte baixa acompanha o vale dos rios, indo de Timbó até Rodeio. Possui subidas e descidas, é claro, mas retorna sempre a uma altitude pouco maior do que a do nível do mar. Por estas características de relevo, pode ser feito por pessoas que possuam um condicionamento físico razoável e uma certa experiência com bicicleta.

Já na parte alta, o Circuito sobe a serra em direção às represas, que ficam a cerca de 700m de altitude. É uma região um pouco mais isolada, onde a natureza está muito presente. São freqüentes os trechos em que a estradinha estreita se embrenha na mata e permite que o cicloturista fique muito próximo dos pássaros e outros pequenos animais. O relevo é mais acentuado e exige um bom preparo físico para enfrentar alguns desafios como os longos trechos de subida, e uma certa experiência em cicloturismo, uma vez que o roteiro cruza locais menos habitados.

Este roteiro, é o principal destino dos cicloturistas no Brasil. Foi desenhado de modo a passar pelo melhores atrativos turísticos da região, como cachoeiras, arquitetura colonial e atrativos naturais, passando por estradas de terra bonitas e tranquilas.


Em Amarelo - Trajeto Mochileiros
Em vermelho - Trajeto Cicloturistas

O trajeto, é todo sinalizado com setas amarelas para ciclistas e setas brancas para caminhantes. 


Além da sinalização o ciclista recebe um guia com mapas, planilhas de orientação e todas as informações necessárias para a viagem. 
O passaporte é retirado na inscrição, é carimbado nos hotéis e outros estabelecimentos turísticos, comprovando que a passagem do ciclista, e ao final da direito a um certificado de conclusão do circuito.



Saímos de Londrina, num bando de gente.... Eu, Jr, Eder, Andrea, Gordão, Aurélio, Joacir, Amélia, Cristiane, Márcia Teles, Otávio, Márcia, Letícia e Roberto. A loucura já começou na estrada, tipo a Corrida Maluca. Nossa parada para almoço foi no Opa Boteco em Joinville. De lá seguimos para Timbó, cada um tentando chegar antes do que outro. (idade média dos concorrentes - 40 anos). 


O evento reuniu mais de 100 ciclistas de todo o Brasil. A Tatiana (proprietária do Hotel) nos recebeu como de costume, de portas abertas - inclusive nossas queridas bikes. Seu salão de eventos virou uma oficina e estacionamento de bicicletas. Disponibilizou também o estacionamento para deixarmos nossos carros durante o dias do evento.

No sábado a noite, tivemos um jantar de boas vindas No Thapyoka Restaurante e Choperia onde recebemos algumas informações sobre o evento e retiramos nossos kits com o guia do trajeto. Momento de confraternização entre os participantes, que a princípio, se mantém cada um com seu grupo.

Melhor Época

O Vale Europeu é lindo o ano todo. Cada época com suas peculiaridades. 
O bom é analisar o clima de cada estação. O verão, tem dias mais longos, ótimo para pedalar sem pressa, permite banhos nos rios e cachoeiras, mas o calor castiga bastante, de dezembro a fevereiro, as hortências estão floridas e deixam o caminho ainda mais belo. Já o inverno, tem o clima perfeito, céu azul, menos chuva, porém pode gear e surgir aquela vontade de ficar na cama, a temperatura costuma ficar muitas vezes abaixo de zero.
O Estado tem Santa Catarina, tem um índice pluviométrico alto. Tem meses que chove menos, mas sempre chove. Portanto a chance de pegar chuva em algum dia do Circuito será praticamente garantido. Nada que um bom anorak, não resolva.
Nossas experiências: Fevereiro - muito, muito calor, insuportável.
Março - o clima já estava melhor, dias quentes, noites frescas e um dia apenas de chuva.
Setembro - dias agradáveis, sem flores, final de inverno, mais dias de chuva.


Julho é o mês mais seco, com 93mm. E Fevereiro é o mês maior precipitação, com uma média de 190 mm.

Locais para Acampar

O Circuito não dispõem de estrutura para acampar.
Só é possível encontrar estrutura de camping no Campo Zinco ( somente finais de semana e com reserva) e em DR Pedrinho ( lanchonete ao lado da Casscata Véu da Noiva).
Entre Timbó e Pomerode, tem um camping no Morro azul, com um visual incrível,mas é um pouco fora da rota, fica há 18km de Timbó, com um trecho de subida bem íngrime
Se optar viajar com barraca, a opção será pedir "emprestado" um local para dormir com moradores locais, eles são muito receptivos e provavelmente irão ajudar a solucionar o problema. 


1 Dia - Timbó a Pomerode

Distância Total: 45km

Ascensão Total: 510m
Dificuldade Física: 3 
Dificuldade Técnica: 2
Nosso Primeiro dia
Logo após o Café (aliás o Timbó Park, disponibilizou lanchinho para o dia), demos largada ao Evento. O ponto de partido, é o Restaurante Tapyoka. Nesse dia havia uma bandinha com trajes típicos e música alemã, animando a larganda e rendendo muitas fotos. Agrupamos nosso pessoal para a foto oficial da largada. Tinha gente do Brasil a fora, nós representávamos o Paraná. Conhecemos gente de Brasília, Bahia, belém, São Paulo, Santa Catarina e até o Prefeito de Timbó viajou cononsco (mas só descobrimos no final).
O Caminho, é demarcado por setas amarelas. Quase não é necessário o uso de Gps ou mapas.

O primeiro dia, é praticamente tranquilo. Fizemos uma parada para um lanche em uma das pontes cobertas. Estava quente e os mais animados se refrescaram nas águas transparentes do riozinho.

A estrada é de areia, mas tão lisa que parece um asfalto, não há dificuldades técnicas, a não ser em dias de chuva, em que que a areia molhada, deixa bem mais pesado o dia.

Paramos num Clube de Tiro (sim, no caminho há vários, é uma prática comum entre, homens, mulheres e crianças). Ali, além do jogo de bocha, havia comida, bistecas e cerveja gelada. Passaportes carimbados, barrigas cheias (até demais) e logo já nos deparamos com o trecho mais difícil do dia, é a subida do Rio Ada, bem íngrime, mas não muito longa, com um incrível visual. Alguns pedalaram, outros empurraram, mas todos contemplaram o visual. Depois de todo sofrimento, vem a recompensa, descida a vista!!!!! A descida, foi um pouco perigosa devido ao número de ciclistas, alguns sem saber da imprudência, paravam no meio do caminho, mas o terminamos sem nenhum acidente.
Entramos então na Rota Enxaimel. Construções típicas, que passam de geração em geração. Segundo a tradição o filho mais novo permanece na casa, cuidando dos pais e da sua família. 
Como de costume, não podíamos deixar de parar na casa da Família do Sr. Wendelin Siewert, que segundo ele, foi construída ha 100 anos. Fomos recebidos com um delicioso caldo de cana gelado. A família conversa em alemão entre si. Mantém a tradição, nos modos e costumes, preservada nos tempos modernos de hoje em dia. As crianças participam dos concursos de Frida e Fritz que erradamente chamados de Prenda e fomos corrigidos pelas próprias. A casa é ponto de parada praticamente obrigatório para quem gosta de uma boa prosa. São super receptivos, mostram fotos, e contam suas histórias.
Muitas casas preservadas, um cenário lindo e bucólido, numa reta sem fim. 
Ainda na Rota Enxaimelo, quase no final, está a casa mais antiga de Pomerode,  a Casa Wachholz-Voigt, de 1867, onde hoje funciona uma Pousada da Família. Vale a pena dar uma passadinha e conhece-la e aproveitar para ouvir mais um pouco de história. 
Chegando a Pomerode fomos para o Hotel  Shcroeder, onde ficamos hospedados. O Sr do Hotel, não é muito amistoso, as instalações são simples mas ele tinha o que mais precisávamos naquele momento...uma piscina, razão pela qual optamos em ficar ali. Acomodamos as bikes em uma cobertura do estacionamento, onde elas passaram a noite, não houve problemas, mas se quiser dormir bem tranquilo, é bom levar um cadeado. Lavamos nossas roupas no chuveiro na hora do banho.
Descansados, saímos para um café da tarde na Torten Paradiens, o nome já diz tudo, é realmente o paraíso das tortas. 
Pomerode é um charme, tem baixa criminalidade, a cidade é muito limpa, tem uma excelente ciclovia e muitos pontos turíticos, incluindo uma fábrica de chocolate  um zoológico (que não tivemos tempo de conhecer).
Mal saímos das Tortas caímos na cerveja, fomos direto para a Cervejaria Schornstein, se já difícil pronuinciar sóbrio, imaginem depois da sequencia de chopps. São chopps artesanais de fabricação própria de altíssima qualidade, acompanhados de pratos típicos alemães. Acho que não teria forma melhor de terminar a noite. Todos quase em bagdá, mas ainda acharam que era cedo e pularam para o Opa Boteco, para experimentar cervejas de Joinville. Eu fiquei só no sorvete de cerveja, porque realmente, não havia mais espaçõ para chopp naquele dia. O lugar é bem agradável, e a cerveja, eu já conhecia, boa também. 

Timbó

Hotel em Timbó: (hotel do início e final do trajeto)
Timbo Park Hotel 
Permitem estacionamento dos carros durante todo trajeto (com custo acessível)Tem local apropriado para montagem/demontagem,lavagem e calibragem de pneus das bicicletas

Kit lanche para levar na pedalada
Serviço de lavanderia
Disponível para aquisiçaõ kit do cicloturista com 1 passaporte, 1 mapae um guia.

Pontos Turísticos
Morro Azul
Parque Jardim Botanico
Museu do Museu Imigrante

Restaurantes:
Thapyoka Restaurante e Choperia 
é o local da largada e chegada do Circuito.
Bistro Entre Parenteses (reservar antes)

Pomerode

Hotéis:
Pousada Max 
Hotel Schroeder 
Pousada Blauberg 
Pousada Oma Helga 
Pousada Casa Wachholz - casa mais antiga de Pomerode, na rota enxaimel antes de chegar na cidade)
(já fiquei na Max e na Schroeder) As duas tem local para acomodar as bikes, as roupas foram lavadas no banheiro.
Restaurantes:
Cervejaria Schornstein - parada obrigatória para a sequencia de chopps artesanais e comidas alemãs
Torten Paradiens - a que mostrou no Globo Reporter
Opa Boteco 

Pontos Turísticos
Rota do Enxaimel
Portais de Pomerode (não esqueça das fotos)
Nugali Chocolates
Zoologico de Pomerode.

Este primeiro dia, da uma boa referência de como vai ser o Circuito. O circuito é todo demarcado com setas amarelas (para ciclistas), e passa em sua maioria por estradas de terra. A maior dificuldade do dia é a subida do Morro na localidade do Rio Ada, mas o visual compensa qualquer esforço. Quase chegando em Pomerode o Circuito passa pela Rota Enxaimel, onde há uma grande concentração de casas nesse estilo. Preste atençao pois algumas estão identificadas e trazem um pouco da história dessas edificações, é possível conversar com a família e conhecer a história da família e da casa, muitos conversam em alemão entre eles.

OBSERVAÇÕES GERAIS:
- Na Associação Vale das Águas (Restaurante Thapyoka, é possível adquirir o kit com passaporte, guia e mapa.
- É importante fazer as reservas de hotéis antes.
- Para retirada do Certificado de Conclusão é necessário carimbar o passaporte, pelo menos 1 por localidade pasada.
- Evite fazer a viagem na época do Oktober, pois a região fica muito movimentada e perigosa.


2 Dia - Pomerode a Rodeio

Distância: 66.8 km
Ascensão Acumulada: 680mts
Dificuldade Física: 3
Dificuldade Técnica:2 

Fizemos uma pequena alteração no roteiro para facilitar as subidas a partir de Rodeio e aproveitar melhor nossa estada no Campo do Zinco. Resolvemos fazer o segundo e o terceiro dia juntos. Pois o terceiro dia era plano e sem dificuldades (será???). Nesse trecho, acabamos não participando do jantar com o pessoal do Velotour em Indaial, e perdemos nosso direito de finisher pois saímos antes do Ponto de Controle abrir para pegarmos carimbos do Velotour no dia seguinte.

Saímos de Pomerode pela ciclovia, e logo já apareceram outros participantes. Em uma viagem/evento, os grupos de afinidade vão surgindo pelos horários de partida e ritmo de pedalada. Encontramos uma família, que era da região, participando o pai com os filhos e sobrinhos, bonito de ver a molecada, forte no pedal, viajando que nem gente grande.

Até Indaial, foi tudo tranquilo, subidas, descidas, nada exagerado. Um único trecho tinha uma pequena descida um pouco perigosa, mas passamos sem problemas. Mais tarde soubemos que algumas pessoas cairam ali, e um sr se machucou. Pegamos nossos carimbos e paramos para almoçar, no primeiro lugar que encontramos no caminho, não sei nem dizer o nome, comida estilo buffet livre, bem caseira.

Cruzamos a Ponte dos Arcos e seguimos para o Hotel Fink, onde ficamos da outra vez, para carimbar nossos passaportes. Para nossa surpresa, eles haviam preparado um mimo para quem se hospedasse lá, não nos hospedamos mas ganhamos, pela visita, uma bandana com bandeiras do Brasil, visto que era ano de Copa e o Brasil sediaria a Copa 2014 (mal sabíamos o fiasco que seria com o 7x0 para Alemanhã).
Uma observação sobre o Hotel ... Hotel simples, limpo e confortável, no centro.
A família nos recebeu como se fossemos parentes. Uma sra nos atendeu com roupão e um cachorrrinho no colo. Todos estavam no comício eleitoral, um parente era candidato a alguma coisa. Tomamos café na cozinha da família, ficamos bem a vontade, já estavamos, pegando água na geladeira, rsrs. Também se ofereceram para lavar nossas roupas na máquina da casa. 
Tem um bar ao lado, da família. Simpaticos e cordiais. 
Guardaram nossas bikes, na sala casa da família. 

Começamos então, na parte da tarde nosso segundo trecho do dia, plano e simples sem dificuldades...hahahahahaha. É tudo isso mesmo, plano, não há nenhuma subida, mas o trajeto consiste em uma reta ativa de 27 km, pedalados sem trégua e praticamente em paralelepípedos....aja bumbum, não houve quem não chegasse a rodeio se contorcendo.

O caminho, é lindo, passamos pela região Warnow com suas construções típicas e suas pontes Ponte Pênsil e Ponte Coberta. Fizemos uma pausa em Ascurra, com fotos na frente da Igreja e passeio pelo Patio do Colégio.

Seguimos pedalando, remexendo no banco, tentando achar uma posição confortável até Rodeio, onde deixamos nossas bikes no Cama e Café Stolf e seguimos de ônibus para dormir em Apiúna, pois tivemos um contratempo com nossas reservas. Fizemos as reservas em novembro, por telefone com a dona Irene (uma graça de pessoa), porém quando o ano começou e eles iniciaram uma nova agenda, nossa reserva ficou perdida no passado, o filho dela acabou reservando para outro grupo. Eles foram muito prestativos na solução do problema, reservaram um Hotel em Apiúna e nos levaram e buscaram com um micro-ônibus, sem nenhum custo a mais. Levamos em torno de meia hora até o destino final. Chegando lá, todos exaustos de banho tomado, jantamos e dormimos. Nesse dia não lavamos roupas.


1 Parte - Pomerode a Indaial
Distância Total: 40,1 km
Ascenção Total: 520 m
Dificuldade física: 3
Dificuldade Técnica: 2

INDAIAL
Hotéis
Hotel Fink 
Hotel Indaial 
Outros

Atrativos Turísticos
O Verde e as flores dos caminhos que margeiam ribeirões, tudo aliado as construções em estilo enxaimel, fazem da cidade de Indaial um Belo Cenário.
Casa Duwe - construção de 1935
Ponte dos Arcos.
Região do Warnow - Ponte Pênsil e Ponte de madeira coberta

Restaurantes:
nada especial.

2 Parte: Indaial a Rodeio
Distância Total: 26,9 km
Ascenção Total: 170 m
Dificuldade física: 1
Dificuldade Técnica: 2


RODEIO
Hoteis.
Cama e Café Stolf
Hospedagem Fazenda Rural Sacramento 

Atrativos Turísticos
Em Warnow -
Ponte Pensil - Ponte de Madeira Coberta e construções típicas

Em Ascurra-
Igreja Matriz, Colégio São PAulo, Cruz de Pedra.

Em Rodeio
Igreja Matriz de São Francisco de Assis.
La Botteca dei Formai. - fabrica queijos
Cascata O Salto - saída para o 4 dia
Vinícola San Michele - saída para o 4 dia
vale a pena passar para degustação, se quiserem comprar vinhos eles entregam em Timbó.

Restaurantes:
Vale das Trutas - sequencia de trutas - maravilhoso.
Da para deixar de almoço do último dia, antes de ir embora para casa, indo de carro.

Para quem vai fazer apenas a parte baixa. O Circuito acaba aqui. De Rodeio, volta-se para Timbó.


3 Dia - Rodeio ao Campo do Zinco - Opcional - OBRIGATÓRIO


Distância Total: 27,5km

Ascensão Total: 1038m

Dificuldade Física: 5 
Dificuldade Técnica: 3

Logo cedo, o ônibus nos aguardava, tomamos um café bem reforçado em Rodeio com a dona Irene e montamos nossas bagagens nas bikes. Fomos praticamente os últimos a sair de lá.
Primeira parada no Parque Municipal Pietro Volta, um antigo hotel que está desativado. No local encontra-se uma bela cachoeira, a cascata o Salto com 80 metros de queda.
Cascata visitada, começamos então o nosso dia, bem no início do trajeto, antes de começar a longa subida, fica a Vínícola San Michele, para degustação foi necessário vencer uma rampinha, degustamos os diversos tipos de vinho produzidos pela empresa e bateu aquela tristeza...Como levaríamos algum vinho nas bicicletas???? O Ary já estava disposto a tentar um espaço nos alforjes e subir carregando umas duas garrafas, quando descobrimos que eles fariam a entrega em Timbó, no nosso hotel de retorno. Assim sendo, Ary levou uma garrafa para degustarmos a noite e seguimos rumo ao Ipiranga.
Para vencer o Ipiranga são 8,5 km de subida, passando por fontes, hortências e pequenas propriedades, mas a grande surpresa é a obra do Sr. Paulo - O Pícolo Pardise, conhecido como Caminho dos Anjos. Seu Paulo, em uma viagem a Itália, vendo anjos nas igrejas, resolveu que esculpiria 100 anjos e os colocaria pelo caminho, e assim fez, até a nossa visita, tinha conseguido fabricar 64 anjos e um Cristo. Paramos lá e tivemos uma boa prosa com ele e sua família, carimbamos nossos passaportes e ganhamos peras colhidas na propriedade e água fresquinha. Uma pena que na época Seu Paulo não estava muito bem, tinha saído a poucos dias o hospital, havia enfartado. Espero que esse homem abençoado possa viver por muitos anos ainda, para compartilhar sua linda história para outras pessoas.
Nesse momento, começou a chover...colocamos nossos anoraks, as capas nas bagagens e continuamos nossa subida. No término dela tem um ponto de ônibus, aqui é o ponto que divide quem vai seguir o caminho até Dr. Pedrinho (a direita) de quem vai subir para o Zinco (a esquerda).
O Zinco, é um opcional, mas na minha opnião deveria ser obrigatório, é com certeza a cereja do bolo, tem a mais linda cachoeira da região. Até o Campo do Zinco são 8 km com 2 de subida (200m de desnível). A Margarethe e o Egon, proprietários da Pousada, são pessoas muito mais que especiais, dividem sua casa com "as visitas" (nós no caso) e preparam cada detalhe com muito capricho, amor e dedicação, é inesquecível.
Portanto, nosso caminho seguiu a esquerda, rumo ao Zinco. Subimos embaixo de chuva, era triste pois não conseguíamos ver quase nada, mas era um alívio, pois não havia calor na moleira.
Chegamos ensopados e fomos recepcionados pelo Egon, no celeiro...ele havia preparado pizzas, café e chá quente e acolhia todo ser ensopado que vencia a grande subida. Alimentados, fomos para a casa principal onde passaríamos a noite. Margarethe nos aguardava na porta com seu abraço caloroso e nas portas dos quartos, os nossos nomes. Banho tomado, hora de prosear. Dessa vez chegamos cedo, fomos um dos primeiros, pudemos descasar bastante e aproveitar bem aquele clima tão aconchegante. Da outra vez, em 2012, chegamos quase nove da noite, mortos e destruídos.Eu sinceramente estava muito cansada, não esqueço que quando desci da bike, não tinha nem vontade de responder aos aplausos da família de vitória pela subida, cheguei rosnando tipo um cão bravo, e fui amansada pelo jantar mágico da Margarethe. Dessa vez, foi muito diferente, cheguei molhada, feliz, e vitoriosa, com energia para manter os olhos abertos e curtir o Zinco como deveria ser. A Pousada disponibiliza a sua lavanderia para os ciclistas, podendo usar inclusive a centrífuga, que já ajuda bem na hora de secar as peças encharcadas. De alma lavada e roupas limpas, sentamos na sala e abrimos nosso vinho, compartilhando nosso dia entre amigos novos e antigos.
O jantar no Zinco é capítulo a parte....é preparado com tanto esmero e carinho, servido em uma mesa digna de Revista Cláudia Festas, e acima de tudo é um momento de comunhão entre os participantes do Velotour, é um momento divisor de águas. De repente, todos cabem na única sala da casa, é um momento onde estranhos tornam se grandes amigos e percebemos claramente que ali, independente de quem sejamos na "vida real" somos todos iguais- humanos e cicloturistas. Ninguém ali tem mais que uma bicicleta suja e duas trocas de roupa. E isto nos basta, a grande vitória do dia, foi conseguir chegar ali, e a única preocupação, é vencer o dia de amanhã. Aquele carinho todo com que somos recebidos fica para sempre em nossa memória. Vale cada gota de suor derramado.
E como diz a Margarethe: "Quem passa por lá - Leva um pouco deles e deixa um pouco de si".
 Por fim, tornamo-nos grandes amigos.



A região fica afastada da civilização, o jantar é servido na propriedade, momento de compartilhamento da refeição e das experiências. A mesa é preparada com tanto carinho, assim como cada prato servido, que é impossível não se apoixonar. Os quartos tem detalhes únicos,e as vezes até os nomes dos hóspedes nas portas. Cada cantinho é arrumado com esmero. 
Aceitam barracas.
Hotel:
Campo do Zinco - jantar incluído na diária.
Imprescindível fazer reserva antes. A propriedade não fica aberta a semana toda, apenas quando há hóspedes.

4 Dia - Campo do Zinco a Doutor Pedrinho

Distância Total: 32km

Ascensão Total: 405m
Dificuldade Física: 4
Dificuldade Técnica: 2


Já dizia minha avó..."Depois da tempestade sempre vem a calmaria". Ao acordarmos ainda estava chovendo, os mais apressados saíram com chuva e tudo. Nós resolvemos tomar café com calma, enrrolando um pouco para não sair na chuva, pois a chuva chegar quando já se está pedalando é muito diferente de começar na chuva, e também para aproveitarmos até o último minuto nosso momento ali. E num passe de mágica, no último minuto, quando fazíamos a foto da saída...o tempo se abriu.
Descemos o longo trecho coroados por um lindo dia, conseguimos então contemplar a Cachoeira com toda sua imponência, paramos muitas vezes para fotos.
A parte alta do Circuito transforma se a cada pedalada, o que já estava bonito, torna-se ainda mais belo, com vastas florestas e claro serras. É um sobe e desce constante.
Nosso destino hoje, a cidade de Doutor Pedrinho, a cidade natureza, com diversos passeios a ecológicos e visitação a cacheiras.
Chegando lá, fomos recepcionados peo prefeito. Ele havia organizado um Free Happy Hour em uma lanchonete na chegada da cidade (já teve vez dele recepcionar, com a bandinha da cidade a caráter). Sentimo-nos mais uma vez muito honrados. Alguns faziam uma pequena parada e seguiam para o hotel, outros ficaram até a noite chegar.
O Jr resolveu conhecer duas cachoeiras da região que ficavam fora do roteiro, disse que são belíssimas, mas eu optei por ficar para poupar energia para os próximos dias.
Ficamos hospedados na Bela Pousada. A Pousada, fica morro acima (claaaaaro), e de lá tem se uma linda vista da região. As roupas foram novamente lavadas no banho. Aproveitamos para descansar e conversar um pouco com o pessoal enquanto aguardávamos o jantar, que foi servido na Pousada.
Uma outra opção de hospedagem, é o Hotel Cristofolini, opção mais econômica, hotel bem simples, daqueles tipo beira de estrada com restaurante embaixo e quartos em cima. Ficamos lá na primeira vez, a família recebe muito bem e disponibiliza um local para as bikes e a lavanderia para lavar roupas no tanque e estender no varal. 




Dr Pedrinho.

Hoteis.
-Bella Pousada Localizada no alto da cidade tem uma linda vista da cidade.O jantar é incluído na diária.
Precisa reserva antecipada

-Cristofolini Hotel e Restaurante - (47) 3388-0103
hotel bem simples, mas são bem receptivos com cicloturistas. Tem um bar/restaurante em baixo para lanches, petiscos, jantar e café da
manhã.

Ao lado da Cachoeira Véu da Noiva é possível acampar na lanchonete.

Atrativos Turísticos

Rios, Cascatas, parques ecológicos e propriedades agrícolas são alguns dos atrativos.

- Cachoeira Véu na Noiva 63m de queda(fica no Caminho para o próximo dia)
- Cachoeira Paulista, 40m de queda vertical
- Cascata Salto Donner.
- Santuário Nossa Senhora de Fátima, escavada na Rocha, com uma queda de 23m.

Para quem sair do Zinco, a quilometragem e altimetria será menor
Aproximadamente 32 km com ascenção de 405mts.
Levar lanche pois no caminho, não há muitos estabelecimentos.


5 Dia - Doutor Pedrinho a Alto dos Cedros

Distância Total: 40km

Ascensão Total: 860m
Dificuldade Física: 4 
Dificuldade Técnica: 2


Amanhecer na Bela Pousada, é lindo, lá de cima da para enxergar bem longe. Algumas pessoas aproveitaram a varanda e o sol para secar suas roupas. O Ary saiu cedo para conhecer algumas cachoeiras, combinamos de nos encontrar durante o caminho, visto que obviamente, ele me alcançaria. A Maria Amélia torceu o pé em um degrauzinho no café da manhã. (meses mais tarde descobrimos que ela havia quebrado o pé, mas a guerreira, assim como eu na primeira vez, seguiu em frente, o caso terminou em cirurgia)

Pedalamos hoje por lindas paisagens, mais uma vez.

É bom lembrar que apesar das estradas não possuírem asfalto e sim terra, ainda sim, são estardas, e muito utilizadas pelo pessoal da região, bom ficar atento e tomar muito cuidado, pois eles costumam passar rápido e entrar nas curvas de uma vez.

Logo nos primeiros quilômetros do dia (aproximadamente 10km), surge o primeiro atrativo, no final de uma longa reta, pouco antes do início da subida. A Cachoeira Véu da Noiva, são apenas 20 minutos de caminhada e vale a pena conhecer. Deixamos as bikes na lanchonete (local que da para acamapar, quem for de barraca) e partimos para a trilha rumo a Cascata, a trilha é fácil e bem cuidada. A Véu da Noiva, é linda, da para tomar banho em dias quentes. Nesse dia encontramos com a Cíntia (Manitur Turismo), amiga de outros Velotour, que pedalou conosco por este dia.

De volta ao caminho, começam os sobe e desce infinitos, não são subidas difíceis de vencer mas a estrada é o famoso serrote. Por duas vezes atravessamos por riozinhos que cortam a estrada, providenciais para refrescar em dias quentes. Pedalavam conosco um pessoal do Nordeste, eles estavam admirados com a quantidade de água que a região tinha, chegando nesse ponto, todos, deixaram as bikes de lado e sentaram na água para uns minutos de descanso e refrigério. Nós aproveitamos para fazer um pequeno lanche, dividindo o que tínhamos na bolsa.

A chegada a Alto dos Cedros se dá na Barragem do Pinhal, com 18 milhões de metros cúbicos de água, pertence a Celesc e serve de reservatório para as usinas de geração de energia elétrica. A Barragem estava reluzente com o sol refletindo em suas águas. Algumas pessoas ficaram por ali. Nossa Pousada, ficava um pouco mais afastada, com um pouco mais de subidas - Parador da Montanha
Chegando fomos recepcionados com um café da tarde, providencial naquele momento, visto que estavamos sem almoço e ainda faltava algumas horas para o jantar. O visual é tão lindo, que ficamos no deck apreciandoa barragem por um bom tempo antes do banho. As roupas foram lavadas no banho.

A pousada é feita em madeira rústica, telhado com musgos, local lindo e agradável em meio a uma floresta de pinheiros.

Como estávamos em um grupo grande, ficamos em uma casinha de madeira pinus no meio do bosque, quase um conto de fadas.

O
jantar foi servido na Pousada.



É o dia que se passa pelos locias mais isolados de todo o circuito.
Florestas de Pinheiros são constantes.
Não há uma subida tão longa como o dia anterior, mas o total de subidas também é grande. É recomendado começar logo cedo e levar água e lanche para o dia.
Logo nos primeiros quilometros desse dia, antes de começar a subir, há uma parada obrigatória. A Cachoeira Véu da Noiva, deixe sua bike na lanchonete e percorra uma pequena trilha com apenas 20 minutos de caminhada, tem um visual incrivível.
O caminho passa por por estradas municipais, porém tem algumas porteiras pelo caminho ,lembre de deixa-las fechadas ao passar. Dois rios passam pelo caminho (no meio da estrada mesmo), ótima oportunidade de parar e refrescar. Na chegada a estrada encontra a represa, trazendo um belo visual para brindar o final daquele dia. Atenção com o fluxo de veículos nesse trecho.

Alto Cedros (Rio dos Cedros)

Hoteis.

-Parador da Montanha
Telhados de grama, retalhos de vidro e madeira recolhida da represa, que formam a pousada, onde os próprios donos realizaram o projeto de Bio-Arquitetura. A grande casa, sem a preocupação com valores materiais, mas sim com o bem receber! Com historias e lembranças de suas vidas e viagens.
O hotel é um charme puro, como a maioria da parte alta.
Servem um café da tarde para os famintos viajantes. Tem um deck com piscina em frente a represa.
Além da casa principal, onde ficam os quartos, tem também uma casa que acomoda 8 pessoas.
Jantar incluido na diária.

- Pousada Lindnerhof
Uma antiga serraria foi transformada em pousada. A parte de cima fica a área de estar e restaurante e em baixo os aposentos. A Pousada é cercada por saltos e riachos. Espetacular.
Jantar incluídona dirária.

Já fiquei nos dois, os dois são perfeitos, difícil escolher.
A dica é fazer duas vezes e ficar cada vez em uma.

Uma outra opção -no outro lado da represa
Casa Duwe: 47 3057-5581 (Raulino e Isolde) - combine antes ele busca de barco e atravessa a represa. Ele tem uma casa bem simples para alugar, não é bem uma pousada. Combinando, acho que fazem o jantar. - Não fiquei hospedada, só li relatos.

Atrativos

- Cachoeira Véu na Noiva 63m de queda(fica no Caminho para o próximo dia)
- Represa em Alto dos Cedros.


6 Dia - Alto dos Cedros a Palmeiras

Distância Total: 41 km
Ascensão Total: 840 mts
Dificuldade Física: 4
Dificuldade Técnica: 2 



A cada dia as paisagens e o clima tornam-se mais .europeus, passamos por regiões colonizadas por alemães e agora por italianos. O sobe e desce torna-se frequente a cada dia. Paisagens bucólicas e cinematográficas.
Saímos cedo, com destino a Palmeiras.
Os dias de pedal estão chegando ao fim. É um misto de alegria pela conclusão do trajeto e tristeza pois aquela vida simples e livre vai acabar.
Pedalar nos remete a essência mais simples das coisas. Independente de cor, raça, credo, classe social, somos todos iguais, naquele momento focados em concluir apenas aquele dia, sem ambição além de forças e fôlego para a pior subida, com cuidado e compaixão pelos demais no caminho, compartilhamos o pão, a água e as histórias pessoais. 
Nesse trecho, há duas opções de caminho, todos chegam a Roma..ops a Palmeiras. Via Megulhão ou Via Pedra Preta, os caminhos se encontram pela frente.
Perto do horário do almoço, paramos em Propriedade, onde fica a Cachoeira Formosa, para tomar um banho de cachoeira, aproveitamos para fazer um lanche e descansar.
De volta a estrada, muitas propriedades a venda, vontade nos faltou de compra-las e viver para semre por ali. Depois de uma descida na curva, chega-se a Gruta, com uma fonte de água limpinha e potável. 
Palmeiras, é uma localidade de Rio dos Cedros, cercada pela represa do Rio Bonito. Chegando a Palmeiras, pausa no supermercado, restaurante,  e carimbo do passaporte. Foi o tempo de uma gelada e correr para a pousada pois começou a chover. 
Ficamos hospedados no Chalé Flor da Terra , ficamos com nosso grupo no Chalezinho com vista da Represa, nem precisa falar sobre o visual. Acomodados, tomamos banho e hoje naão lavamos roupa, pois não foi necessário, visto que tínhamos roupas limpas para nosso último dia.
A Duda, proprietária da Pousada, preparou um café da tarde com bolo fresquinho para nos recepcionar E na varanda da pousada, ficamos proseando até o entardecer, devagar chegavam os participantes, cada um no seu tempo, no seu ritmo. 
Recebemos nesse dia uma visita ilustre, ilustre mesmo...o Prefeito de Rio dos Cedros, Apesar de não sermos seus eleitores, foi lá para saber o que achamos do Circuito e o qe gostaríamos que melhorassem, ainda prometeu que pedalaria conosco amanhã. (e cumpriu). 
O jantar foi servido na pousada e acompanhado de belissimas cervejas artesanais produzidas ali na região, aliás meu primeiro contato com cerveja artesanal, havia sido exatamente em Palmeiras na minha outra passagem pelo circuito em 2012. 
Em 2012, ficamos hospedados no Vale dos Ventos (dessa vez não havia mais vaga e o Ciro nos indicou a Duda). Lá também fomos recepcionados com um belo café da tarde e no jantar o Ciro nos preparou um nhoque com natas o melhor que já comi na vida. 
É difícil escolher ou indicar, pois nos dois locais fomos recebidos com muito carinho e dedicação. As estruturas são bem diferentes, o Vale dos Ventos, fica um pouco mais afastados da cidade, e possui alguns chales muito aconchegantes.
Deitamos já com a cabeça na reta final, a temida Subida do Cunha.


Palmeiras (Rio dos Cedros)

Hoteis.
Vale do Ventos .. difícil o contato ,celular e internet não funcionam muito bem, mas vale a pena ser persistente.

Diária inclui café da tarde e jantar.
Precisa reserva antecipada, pois se não tiver hóspedes, fecham.

Chalé Flor da Terra

Diária inclui café da tarde e jantar
Atrativos Turísticos

7 Dia - Palmeiras - Timbó

Distância Total: 53 km
Ascensão Total: 670 mts
Dificuldade Física: 3
Dificuldade Técnica: 2 


O caminho vai ganhando gosto de despedida. Seguimos serpenteando o Rio Milanês.
 Esse é o trecho com a subida mais difícil e a descida mais longa. 
A descida tem 18 km, mas é preciso cautela, pois o caminho é sinuoso e a circulação de veículos é grande. Além do cuidado par não esquentar o óleo do freio ou acabar com as pastilhas.
No final da descida, chegamos a uma grande Ponte Coberta, na região de Cedro Alto, fizemos uma breve pausa pausa para carimbar nossos passaportes, tirar algumas fotos e fazer um lanche, visto que a subida do Rio Cunha se aproximava.
Abastecidos, pedalamos até o início da subida. Até aposta teve de quem conseguia subir sem colocar os pés no chão. A subida é curta, cerca de 3 km, mas é bem íngreme, da para contar nos dedos quem consegue subir pedalando por inteiro. Minha intenção era pedalar o máximo que eu conseguisse, acho que não deu nem 10 metros e eu já fiz a primeira pausa, para tomar água na fonte (desculpa boa), e assim fomos tentando, eu e a Maria Amélia, cada curva uma parada, e o Joacir nos viajando, não podíamos nem pensar  desistir, depois de um descansarmos em uma garagem (a única surpefície plana do momento), ele saiu na frente e fomos nós, tentando mais uma vez pedalar pelo menos 5 metros, foi aí que vimos que ele estava empurrando a bike.....nem pensamos duas vezes...apeamos na hora (rsrsrs). Desse ponto para frente foi um misto de pedala e empurra, que cansava até de empurrar, até que em fim a subida terminou. A subida termina em um ponto de ônibus, que mais parce um hospital de recuperação do pós guerra, todos chegam, largam as bikes e sentam por ali, e ao lado dele tem um pequeno córrego perfeitamente instalado ali pela natureza. Eu pulei de roupa e tudo, fazia calor, e somado ao calor do esforço máximo da subida, foi providencial , e assim muitos fizeram.
Recuperados seguimos para a reta final. Chegando em Benedito Novo, é necessário redobrar o cuidado, pois o caminho do circuito passa pelo acostamento da estrada. Paramos no posto de combustível, antes de pegarmos a estrada para nosso último coke stop da viagem. Nesse instante o desejo que o fim logo chegasse tomou conta de nossos corpos, pedalamos a uns 200 por hora numa reta no asfalto rumo a Timbó, apenas 24 km nos separavam da linha de chegada e resolvemos que não pararíamos para almoçar. Havia energia de sobra ainda, eu estava mais do que feliz com isso, a cada dia fui superando o trauma que havia sido o Primeiro Vale Europeu para mim. E novamente  auqele velho sentimento bipolar de vitória e despedida tomam conta da situação. É um misto de desejo de cruzar a linha de chegada para levantar a taça da vitória com o sentimento da cinderela que ao bater meia noite a carruagem viraria uma abobora e os cavalos ratos, depois de dias como estes, voltar a realidade da vida adulta, não é fácil para ninguém.
De repente surge a nossa frente a Ponte do Restaurante Thapyoka, chegar ali é uma sensação maravilhosa, vencer aquilo que se propôs a fazer, não tem preço. Subimos a escada, empurrando nossas bikes pela canaleta, preparada para isso e felizes, pegamos nossos certificados. Sentamos em uma mesa para esperar o restante do nosso grupo chegar e comemorar. Foi nesse momento que nos falaram...hoje o chopp é por conta do prefeito, ele já vai chegar para comemorar. Pedimos nossos chopps enquanto esperávamos o Prefeito de terno e gravata, eis que ele chegou, de bicicleta com sua filha, ele havia pedalado conosco todos os dias, havíamos conversado com eles por dias e só então descobrimos sua identidade secreta, provando que no mundo do cicloturismo, nada mesmo importa, além do valor real que cada ser humano tem. Passamos o resto do dia sentados ali, tomando chopp, até demais.Achamos prudente ir embora empurrando as bikes até o hotel, que fica a poucas quadras do Restaurante. 
Ficamos novamente hospedados no Timbó Park , foi o tempo de um banho e saímos para jantar, já havíamos feito uma reserva no Bistro Entre Parênteses. Terminamos o dia comemorando o aniversário do nosso amigo de Vale Europeu Arthur Sfihas de São Paulo no Bistro mais charmoso de Timbó. A Marilise (Xuxa) dona do Bistro, é irmã da Margarethe (do Zinco), uma delicia de lugar, não tem cardápio, simplesmente pergunta o que você deseja comer, vai lá e faz...simples assim. Na verdade ela da uma sugestão, sempre ótima, eu particularmente amo o risoto de camarão, mas a moqueca é muito boa também. 
E assim terminamos oficialmente nosso Vale Europeu. O dia seguinte foi só de estrada para volta a Londrina.


 


Outras opções de hospedagens